O Núcleo Especial Sistema de Informação - NESIS, da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, se reuniu nesta quinta-feira 27/11 com a Secretária Municipal de Saúde de Montanha/ES - Viviane Santos e equipe, para alinhar procedimentos da metodologia de territorialização em saúde, desenvolvida em projeto piloto no Município Marechal Floriano/ES, que, em movimento tripartite, envolveu gestores e técnicos do município e da Secretaria de Estado da Saúde (regional e central Administrativa), além do apoio técnico operacional em SIG do GEOBASES/INCAPER Estadual.
O resultado do trabalho conjunto evidenciou uma organização territorial capaz de tornar mais equânime, integral e universal a distribuição de serviços no sistema municipal de saúde, o que despertou o interesse da Gestão Municipal de Saúde do Município de Montanha, que busca uma metodologia capaz de reorganizar a rede de serviços na Atenção Primária - APS, de forma a garantir para todos os munícipes uma cobertura de cem por cento da Estratégia Saúde da Família- ESF em seu território.
A utilização de dados demográficos e cartográficos resultantes do censo demográfico de 2010 é a chave de materialização do processo de territorialização desenvolvidos em Marechal Floriano/ES. O processo conta com o conhecimento das dimensões populacionais e geográficas em áreas de níveis comunitários no município, bem como com a possibilidade de mapeamento da vulnerabilidade socioeconômica e sanitária, permitindo uma classificação das zonas territoriais de maior risco social e identificando as comunidades com maiores necessidades em saúde na população residente. O conhecimento destas dimensões orientam uma organização territorial pautada em normas ministeriais da saúde, baseada na implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde - PACS e da Estratégia de Saúde da Família - ESF, de forma que a distribuição dos profissionais e das equipes destes serviços apresenta um alto grau de eficiência na cobertura territorial e populacional do município, equilibrando a demanda de serviços entre a zona rural e a zona urbana, considerando as disparidades de recursos, a concentração e a dispersão populacional.
O objetivo é melhorar a eficiência da rede básica de saúde a partir da identificação dos perfis geográficos, demográficos, socioeconômicos e sanitários das comunidades no território municipal, configurando microáreas e áreas de saúde a partir da infraestrutura viária existente e da estrutura de Unidades Básicas de Saúde existente ou necessária, sempre com foco no acesso do usuário do sistema municipal de saúde.