Pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), envolvidos em gestão espacial de informações relacionadas a dados de mapeamento de solos, reuniram-se na última quarta-feira (14), na Unidade Central de Gestão do Sistema Integrado de Bases Geoespaciais do Estado do Espírito Santo (Geobases) para decidirem sobre aprimoramentos na estruturação da base de informações hoje existente.

A oficina técnica foi demandada pela diretoria do Incaper, por ter reconhecido este assunto como de grande importância para várias áreas do conhecimento que demandam informações sobre solos. “Com o objetivo de disponibilizar à sociedade informações contidas no livro sobre valores orientadores de qualidade do solo para fins de identificação de contaminação no Estado do Espírito Santo, através de recursos existentes no Geobases, serão atualizadas informações e nomenclaturas que fazem parte da base de dados que será usada”, explicou a pesquisadora do Incaper Adelaide Santana da Costa.

Interface geográfica

O Incaper precisava estruturar uma interface geográfica dentro do Geobases, específica para as Unidades de Mapeamento de Solos. Para isso, o Incaper dependeu do apoio de diversas instituições, como o MDS, que possui em seu quadro de profissionais uma servidora que já vinha trabalhando neste assunto no Estado.

“A servidora do MDS realizou, no banco de dados, o tratamento de diversas informações geoespaciais no assunto em questão e criou uma interface geográfica dentro do Geobases que viabiliza a pesquisadores localizados em Vitória, Viçosa e Brasília trabalharem online completando, dentro do Geobases, informações necessárias que estão sendo demandadas para o assunto”, informou o coordenador técnico do Geobases, Leandro Feitoza.

Ele também disse que a base de dados geoespacializada de solos está fundamentada na antiga classificação de unidades de mapeamento de solos em nível de reconhecimento que vigorava antes de 1994. “Para se fazer a correspondência da classificação antiga com a classificação em vigor, o Incaper depende da expertise de pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa”, informou Leandro.

Uma interface geográfica é um instrumento de trabalho construído para uma aplicação específica, permitindo via web, tanto a entrada de novos dados como a interação com uma gama de informações contidas em uma base de dados. Isso possibilita a introdução de novas informações e até a execução online, de maneira silmultânea e por várias pessoas, de operações com informações geoespaciais.

Parceria institucional

De acordo com o diretor-técnico do Incaper, Aureliano Nogueira da Costa, a parceria interinstitucional das equipes do Incaper, MDS, UFV e Incra foi um dos pontos fortes da oficina técnica. “Essa parceria contribuirá para o desenvolvimento de uma interface geográfica com informações do Estado do Espírito Santo possibilitando a integração institucional via Geobases”, disse Aureliano.

“Os programas sociais do MDS permeiam todos os municípios das Unidades de Federação e o Ministério possui um grande interesse na geoespacialização de suas políticas públicas”, explicou a analista de dados geográficos e geoprocessamento, Hideko Nagatani Feitoza. Ela disse que a Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi) do MDS é integrante do Geobases. “Sendo um assunto que resulta em um produto de interesse para uso multiinstitucional e multidisciplinar, a Sagi/MDS não hesitou em somar esforços no atendimento a esta importante demanda”, finalizou Hideko.

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